Vítimas sem apoio do Pavivis
Prestando atendimento a vítimas de violência sexual no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Vitória, há mais de 12 anos, o Programa de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Pavivis) vai encerrar seus trabalhos no próximo dia 30, caso não consiga apoio financeiro.
As dificuldades do projeto, que chegou a atender 50 novos casos de estupro por mês, começou com o fim de um convênio firmado com a Prefeitura de Vitória, através do Programa Sentinela, do governo federal, em outubro de 2008, que resultou na demissão de profissionais. Em fevereiro, o governo federal anunciou que o Hucam seria um dos 28 hospitais referência do país na realização do aborto legal e que o Pavivis receberia recursos e capacitação do Ministério da Saúde. Até o momento, entretanto, nada mudou.
"Desde o fim do ano passado temos recebido pedidos de delegacias e órgãos de proteção à criança para voltar a receber as vítimas, mas, com estrutura que temos, não há condições", diz a coordenadora do Pavivis, Margarita de Matteos. Hoje são apenas dois funcionários - além de estudantes e da equipe médica do Hucam. "Precisamos de pelo menos mais dez pessoas", diz Margarita. Ela lembra que as últimas esperanças estão depositadas em uma tentativa de parceria com o governo do Estado que será avaliada nesta semana.
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