Paula Campos Perim (Turma 76), Suíça
11/03/2011 17:45
Estagiou em Medicina Interna no Centre Hospitalier Universitaire Vaudois, Lausanne, Suíça.
Desde que entrei na Medicina, tive interesse em participar de algum intercâmbio que a universidade oferecesse. Na maioria das vezes, é difícil descobrir que essas coisas existem, e na época os estágios da Denem não eram tão difundidos entre os alunos. O interesse foi imediato quando os descobri! Conhecer a Medicina em um outro país, convivendo internamente em um hospital, morando com uma estudante, é uma experiência de valor inestimável, e de certa forma incomparável.
Escolher o país foi, de início, uma decisão difícil, pois vários me interessavam. Alguns itens, no entanto, têm de ser considerados, como a língua, as áreas oferecidas, os meses oferecidos. Isso sem contar a necessidade de contrapôr o número de vagas e a procura pelo país com o número de pontos que se tem. optei pela Suíça por ser o país que sempre mais quis conhecer. Sempre me fascinou a diversidade de culturas e de línguas em um país tão pequeno, e o fato de ser um país de primeiro mundo por excelência; contrapões perfeitamente a nossa realidade. Minha idéia era exatamente essa: entender como funciona a medicina num lugar onde se tem acesso a tudo facilmente. O processo foi um pouco difícil, mas meus pais e a organização do Clev me ajudaram muito! Na primeira chamada fiquei em 5° lugar, e eram 4 vagas. Foi muito frustrante! Mas, em compensação, a alegria veio em forma de surpresa quando fui chamada na suplência! A organizagao da Suíça foi impecavel! Fui exatamente para onde queria e no mês que gostaria. A parte complicada foi conseguir o visto de trabalho, pois eles exigem para os que vão realizar estágio. Nele, tudo me surpreendeu.
O tamanho do hospital (enorme, so o predio principal tem 20 andares), a qualidade, a infra-estrutura, os recursos e a facilidade com que cram obtidos, e os profissionais, que me acolheram como um deles e que são extremamente capazes! Mas não se enganem: somos capazes no mínimo tanto quanto! Surpreendi-me também com o fato de que a nossa medicina nao deixa nada a desejar: sabemos como eles, estamos tão atualizados quanto eles e, inclusive, estudamos pelos mesmos livros. Única crítica ao sistema suíço: muita burocracia! Os medicos acabam passando mais tempo ao telefone resolvendo burocracia do que com os pacientes... Viver na casa de um estudante foi extremamente positivo, pois aprendi sobre a cultura, a culinária, hábitos e tive a oportunidade de conhecer muito a Suíça. Por ser um país pequeno, viajei muito, e tive muito apoio da famllia que me hospedou por lá. Em especial, lembro com carinho de um domingo em que, pagando 30 francos suíços (aproximadamente 50 reais), viajei mais de 16 horas de trem, cruzando o país de norte a sul e de leste a oeste, vendo paisagens de tirar o fôlego. Voltei renovada e encantada com a experiêncla. E, sem dúvidas, muito orgulhosa da nossa universidade e da nossa medicina, que apesar de todas as imperfeições, e tambem pelo nosso esforço, nos permite adquirir conhecimento o suficiente para ser páreo para qualquer um, no Brasil e fora dele.
Desde que entrei na Medicina, tive interesse em participar de algum intercâmbio que a universidade oferecesse. Na maioria das vezes, é difícil descobrir que essas coisas existem, e na época os estágios da Denem não eram tão difundidos entre os alunos. O interesse foi imediato quando os descobri! Conhecer a Medicina em um outro país, convivendo internamente em um hospital, morando com uma estudante, é uma experiência de valor inestimável, e de certa forma incomparável.
Escolher o país foi, de início, uma decisão difícil, pois vários me interessavam. Alguns itens, no entanto, têm de ser considerados, como a língua, as áreas oferecidas, os meses oferecidos. Isso sem contar a necessidade de contrapôr o número de vagas e a procura pelo país com o número de pontos que se tem. optei pela Suíça por ser o país que sempre mais quis conhecer. Sempre me fascinou a diversidade de culturas e de línguas em um país tão pequeno, e o fato de ser um país de primeiro mundo por excelência; contrapões perfeitamente a nossa realidade. Minha idéia era exatamente essa: entender como funciona a medicina num lugar onde se tem acesso a tudo facilmente. O processo foi um pouco difícil, mas meus pais e a organização do Clev me ajudaram muito! Na primeira chamada fiquei em 5° lugar, e eram 4 vagas. Foi muito frustrante! Mas, em compensação, a alegria veio em forma de surpresa quando fui chamada na suplência! A organizagao da Suíça foi impecavel! Fui exatamente para onde queria e no mês que gostaria. A parte complicada foi conseguir o visto de trabalho, pois eles exigem para os que vão realizar estágio. Nele, tudo me surpreendeu.
O tamanho do hospital (enorme, so o predio principal tem 20 andares), a qualidade, a infra-estrutura, os recursos e a facilidade com que cram obtidos, e os profissionais, que me acolheram como um deles e que são extremamente capazes! Mas não se enganem: somos capazes no mínimo tanto quanto! Surpreendi-me também com o fato de que a nossa medicina nao deixa nada a desejar: sabemos como eles, estamos tão atualizados quanto eles e, inclusive, estudamos pelos mesmos livros. Única crítica ao sistema suíço: muita burocracia! Os medicos acabam passando mais tempo ao telefone resolvendo burocracia do que com os pacientes... Viver na casa de um estudante foi extremamente positivo, pois aprendi sobre a cultura, a culinária, hábitos e tive a oportunidade de conhecer muito a Suíça. Por ser um país pequeno, viajei muito, e tive muito apoio da famllia que me hospedou por lá. Em especial, lembro com carinho de um domingo em que, pagando 30 francos suíços (aproximadamente 50 reais), viajei mais de 16 horas de trem, cruzando o país de norte a sul e de leste a oeste, vendo paisagens de tirar o fôlego. Voltei renovada e encantada com a experiêncla. E, sem dúvidas, muito orgulhosa da nossa universidade e da nossa medicina, que apesar de todas as imperfeições, e tambem pelo nosso esforço, nos permite adquirir conhecimento o suficiente para ser páreo para qualquer um, no Brasil e fora dele.