GREVE NA UFES - Paralisação entra em semana decisiva
A greve nacional dos servidores técnico-administrativos das universidades federais, que completa um mês na próxima sexta, entra numa semana decisiva. A expectativa é que o governo federal, por meio do Ministério do Planejamento, retome as negociações e apresente nesta terça uma proposta frente às reivindicações dos funcionários, que podem decidir pela suspensão imediata do movimento caso haja acordo. Além da retomada do diálogo entre as lideranças nacionais e o governo, aqui no estado aguarda-se também para esta semana uma posição da Justiça Federal a respeito da paralisação dos servidores da Ufes lotados no Hucam. Após denúncia protocolada pelo Diretório Acadêmico de Medicina da Ufes (DAMUFES), o Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) decidiu ajuizar uma ação civil pública solicitando o encerramento da greve e o restabelecimento do funcional integral do hospital e de seus ambulatórios anexos. Iniciada em 7 de junho, a paralisação dos servidores da Ufes tem sido responsável pelo cancelamento de aproximadamente 460 consultas médicas por dia no Hucam e provocou até o fechamento de dois dos oito leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) durante 5 dias. Além do pronto-socorro e da assistência aos pacientes internados, apenas os serviços ambulatoriais que os grevistas consideram essenciais foram mantidos. Todavia, o movimento pode avançar sobre os serviços internos do hospital nos próximos dias. A paralisação também prejudica os estudantes, já que a biblioteca e o restaurante universitário em todos os quatro campi estão fechados, e pode colocar em risco o calendário acadêmico. Estima-se que 6 mil pessoas estão sendo prejudicadas diariamente com o protesto dos servidores. O Diretório Central dos Estudantes (DCE), entretanto, resolveu realizar na última sexta (1º) um churrasco nas dependências da reitoria em apoio à greve. O movimento, que atinge mais de 40 universidades em todo o país, pede que o piso da categoria, atualmente em R$ 1.034, seja reajustado em pelo menos três salários mínimos (R$ 1.635) e a abertura imediata de concursos públicos para a substituição dos funcionários terceirizados. Pedem ainda a retirada do Projeto de Lei (PL) 248/98, que prevê a perda de cargo público por insuficiência de desempenho, e do PL 549/09, que congela os salários por dez anos. Os servidores também são contra a criação d e uma estatal para gerenciar os hospitais universitários federais.
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