Demissão de funcionários reduz para 160 o número de leitos no Hucam

Demissão de funcionários reduz para 160 o número de leitos no Hucam

Reprodução TV VitóriaPelo menos 200 estudantes de medicina se mobilizaram na quarta-feira (04) no Hospital das Clínicas, em Vitória, para realizar uma assembleia. Eles discutiram a situação do Hospital Universitário Cassiano de Moraes (Hucam), que é considerada grave.

“Nós não descartamos a possibilidade de uma nova manifestação. Ainda não há uma data marcada para o evento, mas nós estamos discutindo a viabilidade para a realização de um novo ato”, contou o coordenador do protesto, Wagner Knoblauch.

Na última sexta-feira (30), 125 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem foram dispensados. Os profissionais prestavam serviço no Hospital das Clínicas por meio de um contrato no valor de R$ 5 milhões que não foi renovado.

A médica residente Aira Sabadine acredita que, se novos funcionários não forem contratados com urgência, os estudantes serão prejudicados e o atendimento aos pacientes vai ficar em situação precária. Ela contou ainda que as cirurgias cardíacas foram suspensas e o hospital fechado. “Com o fim do contrato, nós tivemos uma redução significativa e preocupante no número de leitos no hospital, sendo que, os setores mais afetados com essa redução foram os de clínica cirúrgica e clínica médica. Além disso, as cirurgias cardíacas, também não estão mais sendo realizadas e o hospital dia, infelizmente, precisou ser fechado”, explicou.

Por conta da demissão dos funcionários, o número de leitos no Hospital das Clínicas foi reduzido. Apenas 160 dos 334 leitos estão disponíveis. “Nós corremos o risco do hospital fechar e o risco de fechar a residência médica e o curso de medicina. Hoje existe uma ociosidade de 52% no hospital, já que o número de atendimentos não corresponde ao número de médicos residentes na unidade”, declarou Wagner.

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) explicou que não renovou o contrato com os profissionais da Prefeitura de Vitória porque o Hospital das Clínicas é um órgão público e os profissionais devem ser concursados. Porém, por ser uma situação de emergência, a Justiça Federal autorizou que a Ufes faça novamente a contratação de um serviço terceirizado como era feito com a Prefeitura de Vitória.

 

 

 

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