Carla Fanchioti Costa (Turma 75), Dinamarca
11/03/2011 17:47
Estágio em Cardiologia no Århus Universitetshospital Skejby, Århus, Dinamarca.
Realizar estágio internacional dentro da medicina é um sonho de todos. Conhecer outros sistemas de saúde, outras formas de ensino e de prática da medicina é uma curiosidade de todos os acadêmicos da medicina. Não foi diferente comigo. A escolha do país foi baseada em dois aspectos importantes: a pontuação e a curiosidade sobre a cultura. O primeiro claro é muito importante pois é preciso ter consciência que existem aqueles países que demandam muitos pontos e são de alta concorrência enquanto outros que possibilitam e facilitam a alocação pela baixa pontuação e pouca procura. Além disso, a Dinamarca me encantava pelas belas paisagens, ser um dos países com maior índice de desenvolvimento humano, a longa história que remontava ao tempo dos vikings. Não muito tempo depois da organização da papelada da pontuação, o resultado saiu e descobri que havia sido alo cada em Århus, segunda maior cidade. Então iniciou-se o processo para organização da papelada (vacinas, o surpreendente teste para MRSA e seguro de viagem e, graças a deus, não era necessário visto) e passagem para a maior viagem, e, de fato, a maior que haveria de fazer até na minha curta vida de 22 anos (cerca de 24 horas no total, entre aviões e aeroportos). Com relação a parte burocrática, o CLEV sempre se mostrou disponível para esclarecimento de dúvidas e quando necessário sempre fazia contato com a organiza ção dos estágios na universidade de lá.
Foram muitas aventuras e desaventuras durante a viagem incluindo quase perder o vôo para Copenhague, ter minha bagagem perdida pela companhia aérea, chegar no aeroporto meia noite, que ficava a cerca de 40 km da cidade. Mas não se assustem, tudo valeu a pena. O hospital que fique fazia parte de um complexo
de hospitais espalhados pela cidade, sendo que o meu era o mais novo e em plena expansão. Na Dinamarca praticamente não há serviço privado, os médicos na sua maioria trabalham no serviço público. E este funciona muito bem, todos obtêm o tratamento que necessitam da melhor qualidade, com os melhores equipamentos e tudo integrado com rede de informática, mas sem esquecer dos famosos prontuários. As pessoas não são tão frias como imaginamos e ouvimos falar, são muitos calorosas e receptivas no jeito próprio da cultura deles. Consegui me comunicar com todos de forma muito clara através do inglês e em raras ocasiões com português, já que fique em contato com uma médica brasileira que estava fazendo residência naquele hospital e meu contato já havia morado no Brasil. Todos se mostravam interessados em ensinar algo a mim, em ajudar na minha formação.
Em relação a moradia, fiquei na casa de duas estudantes que me receberam muito bem. No hospital, disponibilizaram duas refeições durante o dia. Além de aprender muito, pude aproveitar bastante para me divertir e conhecer uma cultura bem diferente da nossa, além de interagir com os outros intercambistas (um italiano e uma egípcia). O país me surpreendeu, é muito mais bonito do que imaginava e muito cheio de vida e história em todas as suas esquinas. Enfim, é uma experiência que não tem preço. Algo que você leva pela vida inteira porque você cresce de uma forma indescritível, tanto profissional quanto pessoalmente. E acima de tudo, percebe que todo aquele estudo e dedicação valem a pena pois você consegue conversar sobre medicina em um nível que você não se imaginaria capaz de fazer. Portanto, para aqueles indecisos ou relutantes, meu conselho: FAÇAM.
Realizar estágio internacional dentro da medicina é um sonho de todos. Conhecer outros sistemas de saúde, outras formas de ensino e de prática da medicina é uma curiosidade de todos os acadêmicos da medicina. Não foi diferente comigo. A escolha do país foi baseada em dois aspectos importantes: a pontuação e a curiosidade sobre a cultura. O primeiro claro é muito importante pois é preciso ter consciência que existem aqueles países que demandam muitos pontos e são de alta concorrência enquanto outros que possibilitam e facilitam a alocação pela baixa pontuação e pouca procura. Além disso, a Dinamarca me encantava pelas belas paisagens, ser um dos países com maior índice de desenvolvimento humano, a longa história que remontava ao tempo dos vikings. Não muito tempo depois da organização da papelada da pontuação, o resultado saiu e descobri que havia sido alo cada em Århus, segunda maior cidade. Então iniciou-se o processo para organização da papelada (vacinas, o surpreendente teste para MRSA e seguro de viagem e, graças a deus, não era necessário visto) e passagem para a maior viagem, e, de fato, a maior que haveria de fazer até na minha curta vida de 22 anos (cerca de 24 horas no total, entre aviões e aeroportos). Com relação a parte burocrática, o CLEV sempre se mostrou disponível para esclarecimento de dúvidas e quando necessário sempre fazia contato com a organiza ção dos estágios na universidade de lá.
Foram muitas aventuras e desaventuras durante a viagem incluindo quase perder o vôo para Copenhague, ter minha bagagem perdida pela companhia aérea, chegar no aeroporto meia noite, que ficava a cerca de 40 km da cidade. Mas não se assustem, tudo valeu a pena. O hospital que fique fazia parte de um complexo
de hospitais espalhados pela cidade, sendo que o meu era o mais novo e em plena expansão. Na Dinamarca praticamente não há serviço privado, os médicos na sua maioria trabalham no serviço público. E este funciona muito bem, todos obtêm o tratamento que necessitam da melhor qualidade, com os melhores equipamentos e tudo integrado com rede de informática, mas sem esquecer dos famosos prontuários. As pessoas não são tão frias como imaginamos e ouvimos falar, são muitos calorosas e receptivas no jeito próprio da cultura deles. Consegui me comunicar com todos de forma muito clara através do inglês e em raras ocasiões com português, já que fique em contato com uma médica brasileira que estava fazendo residência naquele hospital e meu contato já havia morado no Brasil. Todos se mostravam interessados em ensinar algo a mim, em ajudar na minha formação.
Em relação a moradia, fiquei na casa de duas estudantes que me receberam muito bem. No hospital, disponibilizaram duas refeições durante o dia. Além de aprender muito, pude aproveitar bastante para me divertir e conhecer uma cultura bem diferente da nossa, além de interagir com os outros intercambistas (um italiano e uma egípcia). O país me surpreendeu, é muito mais bonito do que imaginava e muito cheio de vida e história em todas as suas esquinas. Enfim, é uma experiência que não tem preço. Algo que você leva pela vida inteira porque você cresce de uma forma indescritível, tanto profissional quanto pessoalmente. E acima de tudo, percebe que todo aquele estudo e dedicação valem a pena pois você consegue conversar sobre medicina em um nível que você não se imaginaria capaz de fazer. Portanto, para aqueles indecisos ou relutantes, meu conselho: FAÇAM.