Antônio Luiz Caus (Turma 74), Espanha
11/03/2011 17:49
Dermatologia na Universidad Autónoma de Madrid, Espanha.
Viajar para a Europa, ficar alojado dentro da casa de um europeu e mergulhar em toda a cultura e rotina de um país milenar é uma experiência, definitivamente, imperdível. Assim que soube da possibilidade de viajar ao exterior pelo CLEV a fim de realizar um estágio internacional, comecei a vasculhar gavetas e armários em busca de certificados e declarações perdidas, ainda que não estivessem abertas as inscrições. O esforço antecipado valeu a pena pois, à época da abertura do edital, já tinha tudo em mãos e não tive que passar pelo desespero da única semana de entrega da papelada. Demorou um bom tempo para sair o resultado, mas logo que soube da aprovação, já entrei contato com o CLEV da Espanha para saber meu destino e comprei as passagens. Fui alocado para o serviço da Universidad Autónoma de Madrid, onde uma acadêmica de Medicina do 5º ano me recebeu como madrinha e anfitriã.
Ao contrário da visão prévia que tinha dos europeus, todos da casa me acolheram calorosamente, como se fosse realmente um membro da família. E isso contava com pratos típicos e muito fartos diariamente, sesta após almoço, conversas de horas sobre a rotina e cultura de ambos os países, passeios pela capital e por cidades ao redor com as explicações e conselhos de quem mora lá, festas em casas de amigos e na rua, dentre outras inúmeras atividades. Nos finais de semana e feriados, os alunos do mundo todo que faziam o mesmo estágio se reuniam em festas de integração, pontos turísticos locais ou mesmo para viajar para países próximos. Importante, também, foi conhecer um hospital de grande porte de um país desenvolvido. Lá, tudo funciona e segue as diretrizes internacionais. As atividades começam às 9h da manhã e terminam por volta de 15h, quando é servido o almoço - aliás, o restaurante universitário concede 3 pratos por refeição e ainda há várias opções para se escolher. Os pacientes têm horário marcado e o respeitam, de modo que não há filas de mais de meia hora para serem atendidos. O hospital conta, ainda, com aparelhos da mais alta tecnologia, todo o sistema é informatizado e todos têm acesso a todos os tipos de atendimentos e exames. Há de se ressaltar, contudo, que, como o índice sócio-cultural é elevado, a maioria das pessoas se recusa a ser atendido por acadêmicos. Daí, o estudante de medicina apenas estuda e assiste os residentes e médicos trabalhando, sem realizar um atendimento sequer, uma sutura, um procedimento, nada. E, por isso, quando vai chegando o final da faculdade, todos ficam loucos para fazer este estágio em países como Brasil e México, a fim de incrementar um pouco mais a prática médica.
Sem dúvida, trata-se de uma experiência ímpar, uma oportunidade de crescimento não somente no âmbito acadêmico, como também cultural e pessoal. Um programa único que deveria ser mais explorado pelos estudantes da nossa Universidade, para uma maior visão de mundo e, até mesmo, da própria Medicina.
Viajar para a Europa, ficar alojado dentro da casa de um europeu e mergulhar em toda a cultura e rotina de um país milenar é uma experiência, definitivamente, imperdível. Assim que soube da possibilidade de viajar ao exterior pelo CLEV a fim de realizar um estágio internacional, comecei a vasculhar gavetas e armários em busca de certificados e declarações perdidas, ainda que não estivessem abertas as inscrições. O esforço antecipado valeu a pena pois, à época da abertura do edital, já tinha tudo em mãos e não tive que passar pelo desespero da única semana de entrega da papelada. Demorou um bom tempo para sair o resultado, mas logo que soube da aprovação, já entrei contato com o CLEV da Espanha para saber meu destino e comprei as passagens. Fui alocado para o serviço da Universidad Autónoma de Madrid, onde uma acadêmica de Medicina do 5º ano me recebeu como madrinha e anfitriã.
Ao contrário da visão prévia que tinha dos europeus, todos da casa me acolheram calorosamente, como se fosse realmente um membro da família. E isso contava com pratos típicos e muito fartos diariamente, sesta após almoço, conversas de horas sobre a rotina e cultura de ambos os países, passeios pela capital e por cidades ao redor com as explicações e conselhos de quem mora lá, festas em casas de amigos e na rua, dentre outras inúmeras atividades. Nos finais de semana e feriados, os alunos do mundo todo que faziam o mesmo estágio se reuniam em festas de integração, pontos turísticos locais ou mesmo para viajar para países próximos. Importante, também, foi conhecer um hospital de grande porte de um país desenvolvido. Lá, tudo funciona e segue as diretrizes internacionais. As atividades começam às 9h da manhã e terminam por volta de 15h, quando é servido o almoço - aliás, o restaurante universitário concede 3 pratos por refeição e ainda há várias opções para se escolher. Os pacientes têm horário marcado e o respeitam, de modo que não há filas de mais de meia hora para serem atendidos. O hospital conta, ainda, com aparelhos da mais alta tecnologia, todo o sistema é informatizado e todos têm acesso a todos os tipos de atendimentos e exames. Há de se ressaltar, contudo, que, como o índice sócio-cultural é elevado, a maioria das pessoas se recusa a ser atendido por acadêmicos. Daí, o estudante de medicina apenas estuda e assiste os residentes e médicos trabalhando, sem realizar um atendimento sequer, uma sutura, um procedimento, nada. E, por isso, quando vai chegando o final da faculdade, todos ficam loucos para fazer este estágio em países como Brasil e México, a fim de incrementar um pouco mais a prática médica.
Sem dúvida, trata-se de uma experiência ímpar, uma oportunidade de crescimento não somente no âmbito acadêmico, como também cultural e pessoal. Um programa único que deveria ser mais explorado pelos estudantes da nossa Universidade, para uma maior visão de mundo e, até mesmo, da própria Medicina.